[KidMumu]: Invitandis um Dânis, um Tânquis e um Curis para raidis de pandáris, no grupo tem eu e mais 3. Coris fixo de segunda à sábadis, porque dominguis eu tenho programis.

Pois é! Você poderia um dia se deparar com um convite parecido com este, feito no chat de uma capital, numa bela tarde. E se surpreender pela escrita do nosso eterno Kid Mumu da Mangueira, se ele fosse um jogador do WoW!

Ah! Que saudades!

Saudades de uma turma que fez os nossos domingos serem mais divertidos.
Estou falando do quarteto mais famoso do Brasil: Os Trapalhões.

Pouca gente sabe, mas o grupo Os Trapalhões começou com outra turma, era composto por Wanderley Cardoso, então galã de novelas, uma espécie de “bom moço”. Ted Boy Marino, lutador do “Telecath” (programa que misturava lutas e encenações), Ivon Cury, cantor e ator (o bonitão que arrasava corações) além do Didi Mocó, fazendo papel do palhaço que completava a party. Isto foi nos anos 1960. De lá para cá, o que mudou basicamente foi a saída dos três para a entrada dos outros grandes artistas que formaram a trupe humorística mais famosa da TV Brasileira.

Então vamos à escalação do time:

Didi Mocó Sonrizep Colesterol Novalgino Mufumbbo, ou Renato Aragão, é o estereótipo do imigrante nordestino em geral, não só cearense. Traduz um si a imagem do sertanejo sofrido, que faz suas artes e espertezas, para driblar o sofrimento e a fome. Mas ele acabou se mostrando um esperto cearense com linguajar e aparência bastante cômicos, e que poucas vezes terminava as cenas com má sorte ou como perdedor, tanto enfrentando inimigos como seus próprios três companheiros.

Dedé Santana, o  Manfried Sant’Anna, que passou pelas fases de galã, contraponto do Didi. No início, por ser de família de trapezistas circenses, era quem agitava nas performances físicas e cambalhotas, mas ao longo do tempo, este papel foi passando para o Didi e seu papel ficou mais como a escada humorística, ou seja, saco de pancadas de piadas do Didi, embora sempre despontasse como cérebro do grupo, principalmente nos filmes.

Mussum ou Kidi Mumu da Mangueira, Antônio Carlos Gomes, era o típico malandro dos morros, um bem-humorado carioca, sambista de origem, começou a carreira no grupo Originais do Samba e era, individualmente uma figura muito carismática.  Possuía um linguajar bastante peculiar, sempre empregando o “is” no final de quase todas as palavras, criando assim os bordões “cacildis” e “forévis”. Por causa disso seria muito engraçado vê-lo conversando no chat do WoW.

Zacarias ou Mauro Gonçalves, era o típico mineirinho. Trazia sempre a vozinha fina e um certo ar inocente, que o ligava às crianças. Tinha como marca da sua atuação as caretas inconfundíveis, expressando-se até mesmo usando apenas os olhos.

Estes quatro não poupavam ninguém, nem mesmo eles próprios, pois Didi era chamado constantemente de cardeal, cabeça chata, cearense e retirante. Fazendo alusão aos nordestinos. Mussum, era chamado de grande pássaro (urubu) e o Dedé, tinha sua masculinidade posta à prova ao ser chamado de “santa” ou quando o Didi colocava a mão na boca e dizia: “Hum, ela solicita…”.

Bom, muito provavelmente, hoje em dia eles seriam tirados do ar, processados e, talvez até presos. Sim, o humor escancarado, ácido e que nos arrancavam risadas de irmos às lágrimas, seria considerado politicamente incorretíssimo, passível de processos à lá Rafinha Bastos e até mesmo cadeia. Mas sem entrar neste mérito (pois não quero entrar em juízos de choque de valores), como estes caras eram geniais!

Bom, temos que ver uma obra a luz do seu tempo e os tempos eram outros. Tanto é assim, que eles perpetuaram sua obra até os dias de hoje. E que obra. Além dos programas dominicais, sendo a atração imediatamente anterior ao Fantástico na Globo, eles fizeram diversos filmes e participavam de apresentações ao vivo, lotando os estádios de futebol pelo pais. Os lançamentos dos filmes eram esperados pela criançada da década de 70 e 80 com muita ansiedade. Os efeitos para os dias de hoje são tosquíssimos, mas ficam as excelentes trapalhadas e piadas. Vale a pena conferir alguns filmes deles.

E no WoW, onde encontramos estas figuras?

Para quem é Aliança, convido você para ir ao Banco de Ventobravo, o da praça principal e reparar nos nomes dos caixas.

São os três, Didi, Zaca e Mumu. Achei muita coincidência esses três juntos. E ainda tem mais itens de referências, como outro que o liga o WoW ao nosso eterno Kid Mumu. Um peixe chamado Muçum-Mocó . Este peixe eu sei que existe, agora Muçum de barriga preta, alguém já viu? Isso está me cheirando a uma trollagem.

Além disto, existe outra referência, que em no inglês, foi provavelmente por causa de outro grupo humorístico fantástico, “Os Três Patetas”.  Encontramos na região de Monte Kun-Lai uma missão, que nos é apresentado três personagens, o Tankiss, Dâniss e Curiss. Embora eles tenham trazido estes nomes diretamente dos PNJ/NPCs em inglês (Tankiss, Hackiss e Healliss) e que, provavelmente não foi intencional, é inevitável meu pensamento de que estas três palavras seriam ditas desta forma pelo nosso amado Mussum.

Por fim, eu já vi um PNJ/NPC gnominho de cabeça chata com o nome de Didiê Du Mocó fica em Altaforja.

Será que tem mais referências? Bom, aí “vareia” né? Depende dos “Mé” e dos “Birinaites” que cada um tomar para enxergar estes trapaloucos pelo caminho.

Mais uma vez, podemos brincar de especular o excelente trabalho da Blizzard com referências nacionais, fazendo localizações tão carinhosas. Dá para ver que foi um trabalho feito com muito cuidado e atenção, pesquisando referências que nos tocam e nos levam diretamente para nossas melhores lembranças.

Então assista ao vídeo para reviver bons momentos dessa turma, pois eu já vou me “pirulitar”!

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