X

Encontrar uma guilda que seja tudo aquilo que buscamos não é um processo tão simples quanto parece. Na verdade, normalmente não é da forma que você pensou que seria: você andando nas cidades, recebendo um /wave de algum estranho que vem com uma proposta interessante de fazer parte de um grupo que lhe dá algumas vantagens, itens e prováveis amizades. A realidade é mais parecida com bots de convite de guilda que spamam convites na sua cara, ou dos  anúncios em caixa alta no chat geral (ainda muito utilizados), ou mesmo mensagens em privado desavisadas. Talvez você tenha sido convidado por aquele amigo que já jogava WoW há anos, que te colocou naquele grupo estranho com gente estranha, que eventualmente você acabou entrosando. O fato é que, se você já achou a sua guilda, aquela onde você se sente bem e não acha que vai largar tão cedo, sempre há uma história para contar.

Eu me lembro muito bem como entrei na primeira guilda que realmente significou algo pra mim. Apesar dela não ter sido a guilda onde estou hoje, ela me levou a conhecer as pessoas que fizeram o presente ser real. Um mocinho de uns 14 anos me mandou mensagem em Ventobravo, e começamos a conversar. Na época eu ainda jogava na Aliança, e tinha recém começado a jogar World of Warcraft. Começamos a discutir sobre o jogo, e logo ele me chamou para participar da guilda dele, que apesar de pequena, era mais “familiar” e poderiam me ajudar. Quando entrei na “Eterna Aliança”, conheci outras pessoas com interesses comuns e prontas para me ajudar. A guilda posteriormente se desmanchou, mas algumas das pessoas que jogavam comigo na época me levaram à guilda atual da Horda no Goldrinn, onde fizemos novas amizades. Parece uma história de amor melhor que Crepúsculo (e é), mas tudo isso aconteceu em períodos muito longos, de altos e baixos, crises e noites de bebedeira em Dalaran, em um período de mais ou menos seis anos.

É claro que participar de guildas não é 100% do tempo diversão. Toda guilda passa por momentos difíceis, crises, brigas e períodos de abandono. É realmente triste ver uma guilda desaparecendo do servidor, ou entrar numa sexta a noite e encontrar pouquíssimos membros online. Mas faz parte, certo? Já abandonei uma guilda querida, e sei o quanto dói me despedir de jogadores que estão deixando o jogo ou pararam de aparecer por quaisquer que sejam os motivos. A guilda não precisa ser sempre um ambiente acolhedor e seguro, mas é interessante ver o poder que os membros têm em dar vida a um ambiente online. Você loga já sabendo quem provavelmente estará online, sabe os horários dos grupos de raide, sabe que sábado a tarde é o melhor momento para pedir ajuda em conquistas, e sabe que fazer conteúdo antigo pode ser sempre uma boa pedida pra animar um grupo de pessoas que não têm muito o que fazer pós almoço de domingo. Porque é assim: a guilda se conhece, se entende, e se desenvolve segundo aqueles que as frequentam.

Já falamos aqui sobre as mais variadas funções de guilda. Acredito que nem todos conseguem estar em uma ou gostam de se envolverem com as pessoas da própria guilda, o que é bem normal e não há problema algum. Vejo as guildas como um espaço de múltiplas funções: socialização, trocas, convites para conteúdos end-game, auxílios, ou mesmo um espaço para se sentir menos sozinho nesse mundão azerothiano sem porteira. Tenho certeza que muitos de vocês já participaram de guildas muito peculiares, muito queridas e têm boas histórias para contar. Porque é isso: participar de uma guilda é viver uma história, composta por pessoas num mesmo ambiente que têm mais ou menos os mesmos interesses, e podem eventualmente contar umas com as outras.

E você, tem uma boa história pra me contar? Lembra-se de como conheceu a sua primeira guilda? Teve alguma que te marcou? Conte pra gente!

Muito obrigada, e até mais! o/