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Muita gente não costuma visitar o site oficial de World of Warcraft, o faz só para visitar o fórum, ou não repara em tudo que o site oferece. Mas, além do jogo e dos livros, no site oficial encontramos várias referências – em animações, contos e histórias curtas, que nos dão visões mais amplas sobre a lore do jogo – e são ótimas leituras e vídeos.

Nas últimas semanas foram lançados vários episódios do conto em animação “Os Fardos de Shaohao”, narrados pelo Andarilho das Lendas Cho. Essa animação, feita com desenhos no estilo concept-art, conta a história da dominação dos Sha pelo Imperador Shaohao. Essa mesma história é contada ingame, através dos pergaminhos que encontramos no up da facção Andarilho das Lendas – mas mesmo que já a tenha acompanhado no jogo, os vídeos valem muito a pena:

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Além disso, também foi acrescentado à página de contos a a história “A Força do Aço“, que conta a história da ligação de um Orc do clã Presa de Dragão a uma Serpente das Nuvens, e as dificuldades em se estabelecer essa ligação. Esse foi o último conto acrescentado na página “Universo Expandido”, que já tem histórias diversas de facções, de personagens específicos – incluindo um conto para cada lider de raça, e diversas histórias curtas. Todos os contos podem ser lidos online, diretamente pelo site, ou baixados em formato PDF, ePUB e mobi.

Pra terem ideia do que é possível encontrar na página (e como vale a pena ler esse conteúdo), segue um trecho do conto Sylvana Correventos: Fim da Noite, por Dave Kosak:

– Seu filho da mãe! – Sylvana berra, chutando para o lado um pedaço quebrado da armadura do Lich Rei. Sua voz, vazia e apavorante, falhou sob a força do ódio. O som ecoou por entre os picos da Coroa de Gelo, rufando pelos vales como as brumas pesadas que para sempre assombram aquele lugar terrível.

Ela se aventurou até ali, sozinha, ao antigo centro do poder dele. Chegou ao alto da Cidadela da Coroa de Gelo, onde um trono congelado avulta em um platô de neve branca. É claro que aquele garotinho egocêntrico que ela conheceu se colocaria aqui, sentado no topo do mundo. Mas onde estava ele agora? Destroçado. Sylvana não sentia mais a malevolência dele incomodando-a. A armadura quebrada jaz despedaçada diante do trono, rodeada de pedaços enegrecidos de sangue congelado, os restos daqueles que o haviam derrotado finalmente.

Sylvana lamentou não ter presenciado a destruição dele. Apanhou uma manopla quebrada, a armadura da mão que um dia empunhou a Gélido Lamento. Ele está finalmente morto. Mas por que ela se sentia tão vazia por dentro? Por que ela ainda pulsava de raiva? Arremessou a manopla para longe e a observou desaparecer nas brumas turvas.

Ela não estava só. Nove espíritos luzentes cercavam o pináculo, os rostos mascarados virados para ela, as formas efêmeras suspensas no ar por asas graciosas e incorpóreas. Eram as Val’kyren, antigas donzelas guerreiras que um dia foram escravas da vontade de Arthas. Por que elas permaneciam ali? Sylvana não sabia, tampouco se importava. As criaturas não a atrapalhavam, permaneciam absolutamente mudas e imóveis, mesmo quando ela gritava e se enraivecia. Será que elas a observavam? A julgavam? Sylvana as ignorou e caminhou pela neve até o trono de Arthas.

Outra pessoa estava sentada no trono.

Boa leitura a todos!