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Este é o 3º artigo de 9 posts da série Vida e Morte de Arthas Menethil.

” – Lembre-se, Arthas. – ele disse, sua voz calma – Nós somos paladinos. Vingança não pode ser parte do nosso dever. Se nós permitirmos que nossas paixões se tornem sede de sangue, então nós nos tornaremos tão vis quanto os orcs. As palavras penetraram a raiva, de certa forma.

Arthas rangeu os dentes, observando enquanto os cavalos assustados, e seus cavaleiros assassinados, eram tirados de sua frente. As palavras de Uther eram sabedoria, mas Arthas sentiu que ele falhou com os homens que estavam naqueles cavalos. Falhou com eles, assim como ele havia falhado com Invincible, e agora eles estavam tão mortos quanto aquele grande animal.

Ele deu um último suspiro, profundo e que o equilibrasse.

– Sim, Uther.”

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The Culling of Stratholme: Retaliation Trailer – by Cape & Deathmatic Poductions

Olá, aventureiros e curiosos!

Esta é a 3ª parte da história detalhada de Arthas, seguindo tanto o livro, quanto os jogos que jogamos por tantos anos. Para ver a parte 1 e 2 seguem os links:

Paramos quando Arthas é enviado pelo seu pai para investigar a Praga que assola o Norte do Reino. Para dar suporte à investigação, o líder de Kirin Tor e Senhor de Dalaran, Antonidas, enviou sua melhor aprendiz, Jaina Proudmoore. Ambos Arthas e Jaina sabiam que para uma agente de Kirin Tor do calão de Jaina estivesse envolvida, a praga deveria ter natureza mágica.

Reencontro

Depois de anos sem se verem, e ter passado a ansiedade do primeiro momento, eles começaram a conversar. Arthas sugere que os Orcs tenham a ver com isso – alguns escaparam das reservas de Orcs insituídas em Lordaeron com ajuda de Thrall – e ele fala sobre a adoração de demônios por parte daqueles que conseguiram escapar. Jaina não acredita que os Orcs tenham voltado para seus antigos mestres – mas ficou quieta, e Arthas a observava enquanto ela pensava – “Light, but she was beautiful.”  – Ele continuou, e foi lembrando do acampamento onde encontrou 3 sacrifícios humanos num altar Orc que ele e Uther invadiram, e dos mensageiros assassinados nos cavalos que ele havia enviado para estabelecer contato com os orcs. Um toque foi o suficiente para trazê-lo de volta ao presente, e por hábito, ele cobriu a mão de Jaina com a sua própria. Dessa vez, ela tentou puxar a mão de volta, Arthas podia ver uma tensão no sorriso dela.

” – É muito, muito bom, poder te ver de novo. – Ele falou num impulso.
O sorriso dela suavizou,  e se tornou genuíno, ela apertou o braço dele.
– Você também, alteza. Aliás, obrigada por impedir seus homens na hora que eu cheguei. –  o sorriso se abriu mais – Eu já te disse antes, eu não sou uma figurinha frágil.
Ele riu. – De fato não é, minha dama. você lutará ao nosso lado nestas batalhas.
Ela suspirou. – Eu rezo para que não tenha luta, apenas investigação. Mas eu farei o que for preciso, como eu sempre o fiz.
Ela tirou a mão. Arthas escondeu seu desapontamento.  – Como todos nós, milady.
– Ah, para com isso. Me chame de Jaina.
– E me chame de Arthas. Prazer em conhecê-la.
E então ela o empurrou e eles riram, e de repente uma barreira a menos estava entre eles.”

– Arthas: Rise of the Lich King

Arthas estava feliz, seu coração se enchia de calor e ele entrava em conflito. Ele queria protegê-la, mantê-la a salvo, e ao mesmo tempo, queria que ela brilhasse e mostrasse o que havia aprendido entre os Magi. E então ele começou a imaginar se ele tinha feito a coisa certa, se era tarde demais – muita coisa havia acontecido desde o Véu de Inverno (Winter Veil) – naquela época ele não estava preparado, mas agora muita coisa havia mudado, e outras coisas não – como o fato da presença dela, pura e simples, ainda proporcionar alegria.

Durante a noite, Jaina conjurou comida para os soldados e eles discutiram sobre como lidariam com a praga se ela tivesse natureza demoníaca. Durante a noite, Arthas não conseguia dormir. ele se levantou e invadiu a cabana onde Jaina adormecia.

“- Jaina. – ele sussurrou. – Acorda.

Como há muitos anos atrás, ela acordou em silêncio e sem medo, olhando-o com curiosidade.

Ele sorriu. –  Você topa uma aventura?

Ela inclinou a cabeça, sorrindo, as memórias obviamente voltavam para ela também. – Que tipo de aventura? – ela contrapôs.

– Confie em mim.

-Eu sempre confiei.” 

– Arthas: Rise of the Lich King

Eles conversaram por algum tempo. Arthas sugeriu que talvez não fosse mero acaso que eles estivessem trabalhando juntos novamente, mais que isso, ele queria que eles voltassem com o relacionamento, a vida não era simplesmente a mesma sem ela do lado dele, e ela sentia a mesma coisa. Arthas ficou muito aliviado ao saber como ela se sentia em relação a isso. Ele queria casar e queria vê-la sob as pétalas que cairiam sobre eles no dia de seu casamento, e depois queria ver aqueles filhos loirinhos que eles teriam. Ele voltou para sua cabana aliviado e feliz, certo de que nada se colocaria entre ele e seu futuro, entre ele e Jaina…

Ele não poderia estar mais errado. Na manhã seguinte, Arthas e seu grupo encontraram uma fazenda cujo portão havia sido esmagado, ninguém havia saído para cumprimentar o príncipe e seus soldados. Eles andaram pela propriedade e o fedor se tornava insuportável. De repente uma coisa apareceu. Uma espécie de zumbi carregava um forcado, seu esqueleto aparecia parcialmente e sua pele estava podre. Eles deram um jeito naquilo que um dia fora um fazendeiro. E Arthas pediu para que Jaina jogasse fogo em tudo. Foi quando eles entenderam que aquilo ia além de suas imaginações. Necromantes estariam envolvidos. Necromantes eram magos malignos que distorciam a ordem natural das coisas e comandavam os mortos.

Jaina observou que não eram apenas as pessoas que estavam com problemas, mas o solo também estava contaminado. Eles surgiram com a teoria de que o grão ali produzido estava contaminado. Se isso fosse verdade, eles não saberiam dizer quantos centenas de habitantes haviam sido contaminados.

Um grupo de anões se juntou à Arthas na luta contra os mortos-vivos. E Arthas começou a pensar que matar essas monstruosidades era ainda melhor que matar orcs. Talvez orcs fossem indivíduos como Jaina acreditava, talvez eles fossem capazes de pensar e agir como gente, mas esses corpos animados eram como marionetes de algum necromante louco. De fato encontraram alguns acólitos – humanos vivos, vestidos de preto – que conjuravam uma espécie de portal, e uma criatura gigantesca, feita de vários pedaços de corpos diferentes, uma abominação. Eles lidaram com a situação, Jaina queimou tudo – ter uma maga capacitada no grupo era de grande ajuda. E ela confirmou que aqueles humanos deveriam ser necromantes. Jaina estava esgotada, Arthas estava furioso e tudo no que ele pensava era como seu povo estava morrendo e como ele faria para impedir que isso se tornasse pior.

Ele começou a exigir de seus homens forças que eles já não tinham. Ele estava feliz de ter Jaina para ajudá-lo, mas ela também estava exausta. Mas o mistério da praga começava a se revelar e ele não poderia parar agora. Foi em Andorhal que Arthas e Jaina encontraram o responsável pela praga.

Kel’thuzad era um mago expulso da ordem de Kirin Tor anos atrás, por se dedicar à magia negra. O necromante reconheceu a jovem aprendiz de Antonidas – ela estava presente quando o Conselho foi repreendê-lo pela última vez – e ressaltou que sua pesquisa havia melhorado muito desde aquela época. Kel’thuzad mencionou que servia ao dreadlord Mal’ganis e os planos do Flagelo [Scourge] de ‘limparem’ esta terra dos vivos. Arthas e Jaina mataram Kel’thuzad, mas os planos do necromante já estavam em andamento e os grãos contaminados com sua praga já estavam a caminho das vilas e cidades de Lordaeron. O casal cavalgou sozinho planejando chegar a Amparo (Hearthglen) o mais rápido o possível.

Quando Arthas deu por si, Jaina estava bem atrás, ela estava exausta – dos feitiços que conjurara sem parar, do pouco tempo para restaurar a energia gasta, sem comer ou dormir. Ela pediu para que parassem um tempo para descansar, ela quase havia caído do cavalo duas vezes de sono. Arthas perguntou quanto tempo ela prescisaria. ela queria responder ‘Alguns dias’, mas se conteve a dizer ‘apenas tempo o suficiente para comer alguma coisa e descansar’. Ela deu duas mordidas num pedaço de queijo que trouxera de Dalaran e a impaciência de Arthas a fez perder a fome.

Chegando a Amparo (Heartglen), Arthas conseguiu mais soldados e mandou Jaina atrás de Uther com as notícias da praga. Depois que Jaina se foi, Arthas e Falric se depararam com as pessoas que já haviam consumido o pão. A praga não apenas as matava, mas as tornava em mortas-vivas. O jovem príncipe lutou contra os mortos até Uther e seus paladinos chegarem. Jaina não estava em condições de continuar viajando, mas ela insistiu em voltar ao lado de Arthas mesmo assim. Arthas havia descoberto onde estava Mal’ganis e ele gostaria de ver o Dreadlord pagando pelo que fez ao seu povo. Sem pensar, Arthas parte sozinho para Stratholme. Uther diz a Jaina que Arthas está sentindo o peso da coroa pela primeira vez, e que ela não deveria se preocupar. Mas ela acha que tem algo além disso e parte atrás de Arthas, invisível, para dar espaço para ele pensar um pouco antes de agir – antes de fazer qualquer besteira.

Medivh aborda Arthas na estrada. O profeta em forma de corvo se revela em sua forma humana para o jovem príncipe e diz sobre o perigo iminente que paira sobre estas terras. Arthas se recusa a ouvi-lo e diz que seu lugar é ali, com seu povo. Jaina estava invisível e ouviu a conversa toda. Depois que o profeta vai embora, ela se revela, enfurecendo Arthas por ter ficado invisível por tanto tempo, ‘espionando-o’, ele é rude com ela, mas logo se arrepende. Ela não está em condições físicas para continuar lutando, ele já havia exigido muito dela, e mesmo assim ela ainda estava lá ao seu lado, era a única que o conhecia e que lhe dava suporte. Ele estava desolado com toda a situação, e ela estava ali, sentada ao seu lado. De repente era tudo o que ele precisava, da presença e do suporte dela. Passaram a noite juntos, esquecendo a praga, os mortos vivos, as aberrações, profetas e escolhas, e por umas horas o mundo ficou pequeno, grande o suficiente apenas para os dois.

O Expurgo de Stratholme

No dia seguinte, eles chegaram em Stratholme, e essa parte da história vocês podem conferir tanto no Warcraft III, quanto no próprio WoW, nas cavernas do tempo, mas na cena descrita no livro Arthas: Rise of the Lich King existem muitos detalhes sobre o que os personagens estão pensando – essa parte é do ponto de vista da Jaina. Desde o momento que ela acorda e encontra Arthas fazendo o café da manhã deles até o momento que ela vai embora, triste e angustiada pelo que Arthas estava prestes a fazer.

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Cena em português da Instância “Expurgo de Stratholme”, créditos pela gravação: Paulo Haga

Arthas e Uther discutem sobre o próximo passo em como lidar com a praga, Arthas e Jaina sabem que a praga torna os vivos em mortos-vivos, mas não sabem se há algum modo de parar ou curar o processo. Jaina sugere que eles coloquem Stratholme em quarentena e que eles estudem a natureza da praga. Arthas diz que não há tempo e que é melhor que essas pessoas morram como humanos do que como lacaios de Mal’ganis e do tal “Flagelo” [Scourge] (acredite, eu não me acostumo com esses nomes em português), Jaina concorda que se fosse com ela, ela preferiria morrer como humana, mas eles não podem fazer esta escolha por todos os habitantes de Stratholme. Arthas decide que a cidade deve ser expurgada. Ela não acredita no que ouve e Uther discute com Arthas. Arthas o destitui do comando e o manda embora. Jaina não acredita no que está acontecendo e muito menos no que seu amado pretende fazer, exausta e com náuseas, ela decide que não quer e não pode vê-lo cometer tal atrocidade e se vai com Uther. Arthas, decepcionado e enfurecido, invade a cidade que era a sede da Ordem do Punho de Prata.

Ele assassina seus habitantes, e combate os mortos vivos até chegar ao Distrito do Cruzado. Lá, Arthas enfrenta Mal’ganis, que escapa no último momento. O jovem príncipe, que já não estava muito mentalmente saudável, decide que caçará Mal’ganis até os confins do mundo. Mal’ganis o convida à caçá-lo em Nortúndria – um local onde ele era mais forte – com o argumento de perseguir seu destino. O estado mental de Arthas é instável.

Arthas retorna para reunir tropas e conseguir um barco que os levasse à Nortúndria [Northrend]. E se encontra com Jaina pela última vez antes da masmorra conhecida como Salões da Reflexão [Halls of Reflection]. Ele a convida para ir com ele à Nortúndria, caçar Mal’ganis e seus demônios.

“-  Jaina, eu te peço novamente, venha comigo. – sua voz era intensa, mas estava claro que sua mente estava há quilômetros de distância. – Ele escapou de mim. Eu salvei os habitantes da cidade de virarem seus escravos, mas… no último momento, ele fugiu. Ele está em Nortúndria. Venha comigo.”

Jaina não sabia o que fazer senão pedir para que ele não caísse na armadilha de Mal’ganis. Ela observava o homem que havia amado – e que a Luz a perdoe, ela ainda o amava – e que havia cometido tamanha monstruosidade em Stratholme.

Um dia e meio depois desta conversa, Jaina andava pelas ruas queimadas, sujas e fedorentas do que sobrou do que fora uma bela cidade um dia. Uther a encontra ali, tentando reconfortá-la, dizendo que ela não teve nada a ver com essa atrocidade. Mas essa não era a unica coisa que a deixava mal. Ela havia virado as costas para Arthas – ela prometeu que nunca o negaria – e ele nunca a perdoaria por isso, apesar de ela estar fazendo a coisa certa. Ele seguiu outro rumo, um caminho muito mais perverso e turvo. Uther pergunta à ela se ela sabe onde Arthas está.

“- Nortúndria… Arthas foi à Nortúndria caçar Mal’ganis.”

Uther se vai e o profeta aparece novamente, mas dessa vez, a súplica de ajuda é para ela. Jaina tinha 23 anos quando liderou o povo de Lordaeron através dos oceanos, para Kalimdor, lutar contra a Legião e escapar da praga, fundando Theramore. Arthas aqui tem 24 anos, eles tem apenas 1 ano de diferença em idade. Só para localizar quem tiver interesse na linha temporal. 🙂

“Seu jovem príncipe só encontrará morte no norte gélido.” Cena do Machinima “The Culling of Stratholme: Retaliation”

O melhor machinima que eu já assisti sobre o Expurgo de Stratholme conta um pouco além do expurgo em si, ele vai até Nortúndria [Northrend]. É todo em inglês, a primeira parte cobre o final deste artigo. Aos interessados:

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=yfXc3WRmxvc]

O Machinima foi criado pela Cape & Deathmatic Productions, é dividido em 3 partes. Altamente recomendado, pois cobre uma boa parte desse pedaço da história, usando gráficos do WoW, a ambientação próxima do que foi no Warcraft III e possui alguns detalhes do livro.

 

A Terra de Gelo e Neve

Arthas desembarca em Baía da Adaga [Daggercap Bay], Nortúndria, com sua tropas. Seus homens não estavam satisfeitos ou felizes de estarem ali, o frio era de cortar a carne e o vento não tinha misericórdia dos forasteiros.

O jovem príncipe de Lordaeron montou acampamento, quase todas as suas forças estavam ali – alguns navios haviam se perdido da frota. E ele precisaria. Ainda mais agora que Uther e Jaina haviam dado as costas à ele, e um Lorde Demônio o esperava. Ele tentou dormir a noite, mas ele só conseguia pensar em como ele sentia saudades de Jaina, ele aprenderia a não sentir essa falta. Ela tinha falhado com ele, quando ele precisou da aprovação dela, ela foi embora. Ela foi fraca, ele não poderia ser fraco se ele quisesse derrotar Mal’ganis. Não havia lugar para o calor dela mais, apenas para o frio que o aguardava nessa terra gelada.

Quando finalmente dormiu, ele teve um sonho com Invincible, com seu fim pelas mesmas mãos que o ajudaram a vir para este mundo. Arthas percebeu que ao invés da espadinha que havia utilizado, ele segurava uma grande espada de duas mãos, runas azuis brilhavam sobre sua lâmina e seu design macabro marcava seu punho. Uma névoa azulada envolvia a arma, tão fria quanto a neve onde seu cavalo deitava. Agora ele não observava uma criatura morta, mas sim um poderoso cavalo em pé a sua frente. Arthas se encheu de alegria e subiu em seu cavalo, com lágrimas nos olhos e um sorriso nos lábios. Um presságio?

A manhã seguinte fora como o dia anterior – cinza e gelada. Arthas e seus soldados começavam a procurar por sinais do DreadLord. Os homens passaram duas semanas perambulando pelo vasto continente de Nortúndria atrás de Mal’ganis e da armadilha que os esperava, mas ao invés disso, Arthas encontrou um velho amigo.

Muradin Barbabronze estava em Nortúndria há algum tempo – tempo o suficiente para se surpreender em ter encontrado algo que não fosse morto-vivo naquelas terras. Arthas contou à Muradin sobre a praga e sobre Mal’ganis – ele mencionou que a praga chegou à Stratholme, mas não falou nada sobre o que ele fez lá. Muradin estava em Nortúndria combatendo os mortos-vivos, então Arthas imaginou que ele o entenderia melhor do que Jaina e Uther.

Os anões estavam em uma expedição da Liga dos Exploradores [Explorer’s League] para recuperar um artigo de uma lenda, uma espada rúnica de nome Gélido Lamento [Frostmourne]. Ao pronunciar o nome, Arthas sentiu um arrepio na espinha. ele já havia ouvido falar de espadas rúnicas, elas eram extremamente raras e poderosíssimas. Arthas observou seu martelo de duas mãos, era uma bela arma e ele a adorava – Vingador da Luz (Light’s Vengeance) era seu nome – mas a Luz não brilhava tão intensamente como antes… isso se brilhava. A espada da qual Muradin falara podia ser a salvação de seu povo, a derradeira arma para dar um fim a Mal’ganis.

Warcraft III

Arthas ajudaria os anões a recuperar Frostmourne, e os anões os ajudariam contra o Dreadlord. Parecia um bom acordo.

Os dias se passavam, e uma tarde Arthas voltava para seu acampamento – cansado, exausto, irritado… afinal, haviam traços de Mal’ganis e de seus lacaios, mas nada do demônio aparecer para ele – e os guardas não estavam em seus postos. O Rei havia convocado a todos, que voltassem para suas famílias em Lordaeron, sob conselho de Lorde Uther, o Arauto da Luz. Um músculo no olho de Arthas tremeu. Ele não acreditava naquilo. Ele se recusava a voltar.

Se seus soldados o abandonassem, ele nunca derrotaria Mal’ganis. Ele precisava dar um jeito de que as ordens diretas do Rei não intervissem com sua missão – leia-se obsessão aqui. Muradin tentou argumentar, mas assim como Jaina antes dele, Arthas havia se recusado a ouvir.

Arthas começou a imaginar se o próprio pai havia se tornado um traidor, tal como Uther, virando as costas para seu próprio povo. Então ele veio com outro ‘brilhante’ plano: queimar a frota que levaria seus homens de volta para casa! 😀

Claro, seria drástico, mas era necessário. Mais tarde eles perceberiam, eles veriam que ele estava correto, que ele estava fazendo o certo. Ele mostraria à eles: Uther, Jaina e seu pai, quando ele voltasse de sua missão com sucesso.

Uma hora depois, o príncipe estava em pé na Costa Abandonada [Forgotten Shore], admirando sua frota em chamas. E como se não bastasse, ele ainda culpa Uther por tê-lo forçado a tomar essas medidas drásticas. Se ele não tivesse feito isso, sua cruzada contra Mal’ganis teria acabado ali, ele retornaria à Lordaeron e o Dreadlord teria saído vencedor.

Seus soldados, desesperados vendo sua chance de voltar para casa virando cinzas, procuraram por Arthas e pelos culpados. O príncipe apontou para os mercenários que havia contratado e colocou a culpa neles. Arthas levantou seu martelo, que não brilhava mais, e investiu. Traindo seus homens e os mercenários… Tudo em nome de Lordaeron…

 Or so he said…

Considerações Finais 

Por hoje é só, eu peço desculpas pela quantidade de partes que isso está tomando, eu imaginei que ia conseguir resumir  mais as coisas, mas existem detalhes – muitos – que são legais de comentar, ainda porquê o livro não está disponível em português. Quem tiver interesse, pode encomendar o livro em inglês pela Livraria Cultura, clicando no link no nome da livraria 🙂 Eu adquiri o meu hardcover na pré-compra em 2009. <3

Agora que o Arthas paladino praticamente se foi, surge o Cavaleiro da Morte. Vamos ver como se deu essa mudança e se ainda resta um pouco de humanidade no nosso “querido” Arthas na parte 4. Até lá! 😀

Fontes utilizadas para a elaboração deste artigo incluem:

Warcraft III – por Blizzard Entertainment
World of Warcraft – por Blizzard Entertainment

Arthas: Rise of the Lich King – por Christie Golden (2009)